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26 de Abril de 2024

Uber x Taxi

E agora, como fica?

Publicado por Rodrigo Melo Custodio
há 9 anos

É bem verdade a calorosa discussão a respeito do ingresso de um novo tipo de serviço de transporte de particulares. O Uber, nascido de uma ideia simples, mas que demonstrou ter um potencial inimaginável. Estamos realmente na era digital, onde os serviços e a prestação deles tende a se adequar ao público cada dia mais exigente.

De um lado temos a corrente que defende o aplicativo Uber e a prestação de seu serviço, a tecnologia envolve o pedido. Através do smartphone é possível solicitar o motorista particular que prontamente atende ao pedido de translado do passageiro. É possível avaliar o motorista pelo aplicativo, dizer sobre a condição do carro, atendimento e qualquer outra manifestação a que se faça necessário dizer. É possível saber sobre o tempo de espera, a avaliação do motorista perante outros usuários, etc. É uma ferramenta que possibilita uma gama de informações que agora coloca o cliente/ usuário a par de uma nova experiência. Há de se destacar o fato de que o Uber solicita alguns pré-requisitos para habilitar um motorista particular ao seu serviços. Tipo específico de carro, vestimenta, cortesias como água, balas e afins e, acima de tudo, cordialidade e agilidade no serviço, maior transparência. Afinal, a avaliação dos usuários é o que vai manter esse motorista no mercado, ao menos é a proposta do serviço.

Do outro lado temos os taxistas, profissionais categorizados, com sindicato constituído, habilitação específica, taxas e tarifas, curso específico para o fim de transporte e a concessão do Estado para exercer a atividade fim. Os clientes que ainda possuem medo de arriscar um serviço novo como o Uber, veem no taxista um profissional a quem possa socorrer em caso de algum problema, afinal, há onde reclamar. A premissa é a de que uma pessoa categorizada e habilitada possui maior legitimidade do que um motorista "qualquer", qual requisito é necessário para conferir uma maior segurança à um motorista?

Porém, a bem da verdade, o ingresso de serviços como o Uber só trouxe vantagens para o cidadão, e é isso que precisa ser denotado. O usuário hoje possui maiores opções, criou-se uma concorrência e o serviço precisou melhorar. O taxista que antes sustentava a sua família com o seu ganha-pão, hoje precisa oferecer essa "cordialidade" que o Uber agregou ao seu serviço de transporte. A reclamação é a de que o Uber sai mais em conta, é melhor e mais moderno, contraposto o taxista era acomodado pois a única concorrência era a da própria categoria, de um taxista para outro... (isso é o que se observa da boca do público).

De toda sorte, é complicado analisar ou generalizar as profissões, tratam de pessoas, que possuem família e bocas para alimentar, trata de ganhar o pão de cada dia. Há possibilidade de convívio amigável entre todos, existe mercado porque existe demanda do serviço, há necessidade de serem preenchidos os espaços. Ao menos em Brasília, uma das capitais em que o Uber está atuando, podemos perceber que os Taxis se obrigaram a adequar-se ao mercado novo e só quem ganha é o usuário, seja do Taxi, seja do Uber.

Essa é uma mera opinião de quem vos fala, sem intenções outras que não de abrir um diálogo. (RMC).

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Disponível em: https://www.jusbrasil.com.br/noticias/uber-x-taxi/236708731

4 Comentários

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Boa tarde! Existe um detalhe que não foi considerado no artigo, o serviço de taxi é outorgado pelo Poder Público ao particular, existe previsão na lei de número máximo de táxis em funcionamento em cada cidade do Brasil. Não é sindicato ou sua organização que o ampara, mas as prefeituras municipais. Aliás, em algumas cidades o "ponto de táxi", que é a outorga, é concedida mediante licitação pública. Será correto tirar esse direito de transportar do taxista? continuar lendo

Muito bem colocado, não adentrei nesse mérito da outorga pública por estar implícito na parte em que me refiro ao Estado. Entretanto é o viés que socorre ao taxista esse direito, em contrapartida caímos na seara dos serviços que não atendem completamente o consumidor e nesse sentido seria errado apoiar um serviço concorrente? Mesmo que privado? Ou o ingresso do Uber acaba por obrigar uma melhora do serviço de táxi? Esse é o objetivo da postagem e agradeço pela sua colocação. continuar lendo

Interessante, meu caro Rodrigo Melo, você abordar em seu texto o fato de que taxistas realizam cursos específicos para o transporte de passageiros, enquanto o motorista do Uber não o faz...
Parece-nos que o tal curso não valoriza em nada a profissão, já que, conforme se verifica nas avaliações da população usuária, os Ubers gozam de muito mais prestígio junto à clientela, sobretudo na cordialidade, educação e presteza... no trato com o cliente.
Obviamente, o tal curso é mais um "extintor de incêndio veicular" que, na prática, não serve pra nada! continuar lendo

É justo por isso que o Uber vem ganhando tantos clientes, não há à primeira vista uma preocupação com o preparo (licença, curso de primeiros socorros, habilitação específica, carro com placa identificadora do tipo de transporte, etc) do motorista e sim com a prestação do serviço de pronto plano. O usuário solicita, quer agilidade, carro novo, um bom dia e um preço justo, pouco importando quem de fato está atrás do volante. continuar lendo